sexta-feira, 3 de agosto de 2012



Meu doce homem, 
vens para mim
e cobre-me com tua pele. 
Singra meus espaços, picos e cumes. 
Fogo da minha alma,
aqueça-me, consuma-me! 
Venha, mas não me chame.
Não se faças ouvir pelos ouvidos alheios. 
Venha no silêncio da noite.
No desperta da aurora. 
E faça de mim a sua cidadela.
Tenha-me com posse
Sem rumo e sem norte. 

Lu Pessoa.

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