sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Boa noite, Jonh Boy.


Hoje as famílias estão tão fragmentadas, tão cibernéticas. Brinco aqui na net sobre estarmos plugados, conectados. Porém, sinto que o mundo tecnológico aos poucos está robotizando os homens, a começar pela família, núcleo que deveria ser sagrado, cuidado, protegido. Mas o que vejo é uma rotina triste; pais ausentes, filhos se perdendo, maridos indiferentes, esposas carentes. Se antes a grande vilão era a TV, hoje é a internet com suas redes sociais, com sua variedade informativa e suas facilidades, seu anonimato; suas verdades e suas mentiras,um mundo de Alice no país das maravilhas. Acho que no fundo é o que somos - um bando de Alices buscando no mundo virtual as maravilhas que perdemos de alguma forma na nossa família. Afinal , o mundo desconhecido é fascinante e atraente. Mas, se lembrarmos bem da estória no final o que toda Alice quer é voltar pra casa, não a casa dos ausentes, mas dos presentes, dos que se curtem, se procuram. Sou uma internauta convicta e assumida. Contudo, não troco por nada no mundo um bom bate papo real, uma ida ao teatro, um filme com meus filhos, brincar de fazer cócegas, ficar agarradinho no sofá vendo TV com meu amor, brincar de faz de conta com minha filha... O bom do mundo online é a oportunidade de ampliarmos nossos conhecimentos, de oportunizarmos novas amizades, de nos fazermos presentes na sociedade. Mas de que adianta tudo isso se eu não estou aqui para os que precisam de mim? É por isso que um "boa noite Jonh Boy" fala muito mais do que uma mensagem de texto dizendo: eu te amo...