sexta-feira, 3 de agosto de 2012



Amado meu que estás longe.
Por que longe estás de mim? 
Volta, meu amado, volta! 
E retornas para o teu jardim. 
Em meu jardim tem cheiros e flores, 
flores que plantei para ti. 
Nele não há espinhos, nem dores, 
nada que possa magoar-te. 
Volta, amado, volta! 
Deita sobre minha relva 
que é fresca como o orvalho da noite 
e doce como o jasmim. 
Bebe do néctar da minha boca 
que cultivei na saudade 
dos dias longe de ti. 


 Lu Pessoa.

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