sexta-feira, 3 de agosto de 2012



Eu sou a tua outra parte oculta.
Tu ainda não sabes que moro em ti.
Aqui, de onde estou, te observo lânguida, serena,
esperando a nossa hora.
E o tempo, estranho e lento,
vai tecendo a trama do nosso encontro.
Será que tu irás reconhecer-me?
Será que tuas mãos tocarão as minhas?
E teus lábios pronunciarão que nome,
Se não me chamo mais Ludimla?
Sei de um tempo que eu era tua,
e tu eras meu.
Eu, a mulher que te acalentava a alma.
Tu, meu cavalheiro andante.
Mas, hoje apenas espero,
lânguida e serena,
a hora da minha chegada na tua vida.


Lu Pessoa

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