terça-feira, 9 de março de 2010

Vem, meu capitão...


Onde estas meu Capitão?

Como me deixas, assim, nesse mar de ilusões,

a sonhar contigo?

O que faço se meu canto agora é triste e ecoa ao vento sem respostas,

sem sua nau?

No meu mar só me resta o vento...

Vem, meu Capitão, navegar no meu mar, agitar minhas águas...

capturar-me, subjugar-me ao teu prazer.

Vem para os meus seios onde eu possa te afagar.

Retorne as minhas mãos para que eu desenhe tua face

e não esqueça de ti um único momento.

Não navegues por mares distantes, em outros horizontes.

Vem, meu Capitão, sossegar minha alma,

e receba dos meus lábios o verbo que me queima.

E em meu corpo, meu navegante, faça teu porto.

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