
Onde estas meu Capitão?
Como me deixas, assim, nesse mar de ilusões,
a sonhar contigo?
O que faço se meu canto agora é triste e ecoa ao vento sem respostas,
sem sua nau?
No meu mar só me resta o vento...
Vem, meu Capitão, navegar no meu mar, agitar minhas águas...
capturar-me, subjugar-me ao teu prazer.
Vem para os meus seios onde eu possa te afagar.
Retorne as minhas mãos para que eu desenhe tua face
e não esqueça de ti um único momento.
Não navegues por mares distantes, em outros horizontes.
Vem, meu Capitão, sossegar minha alma,
e receba dos meus lábios o verbo que me queima.
E em meu corpo, meu navegante, faça teu porto.
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