Após outonos e invernos, ela se sente em plena primavera.
E eu, tão verão, a aguardo a cada nova estação.
No que escrevo,
Há pura verdade:
A pura verdade
A pura a verdade.
Por D. Gui.
Nau virtual ou porta que se abre para mais um mundo particular e seu imaginário, quando a alma se transmuta, vira cibernética e compartilha não apenas o seu cotidiano, mas seus sonhos, que seguem em frases e linhas no vai e vém das ondas desse mar virtual. Então, segue o convite aos bons navegantes para compor essa nau. E como dizia Fernando, o Pessoa, navegar é preciso...
sexta-feira, 16 de abril de 2010
quarta-feira, 10 de março de 2010
Por Bruna Lombardi
Que me venha esse homem
depois de alguma chuva
que me prenda de tarde
em sua teia de veludo
que me fira com os olhos
e me penetre em tudo.
Que me venha esse homem
de músculos exatos
com um desejo agreste
com um cheiro de mato
que me prenda de noite
em sua rede de braços
que me perca em seus fios
de algas e sargaços.
Que me venha com força
com gosto de desbravar
que me faça de mata
pra percorrer devagar
que me faça de rio
pra se deixar naufragar.
Que me salve esse homem
com sua febre de fogo
que me prenda no espaço
de seu passo mais louco.
Que me venha esse homem
depois de alguma chuva
que me prenda de tarde
em sua teia de veludo
que me fira com os olhos
e me penetre em tudo.
Que me venha esse homem
de músculos exatos
com um desejo agreste
com um cheiro de mato
que me prenda de noite
em sua rede de braços
que me perca em seus fios
de algas e sargaços.
Que me venha com força
com gosto de desbravar
que me faça de mata
pra percorrer devagar
que me faça de rio
pra se deixar naufragar.
Que me salve esse homem
com sua febre de fogo
que me prenda no espaço
de seu passo mais louco.
terça-feira, 9 de março de 2010
Bendito sois
Vem, meu capitão...

Onde estas meu Capitão?
Como me deixas, assim, nesse mar de ilusões,
a sonhar contigo?
O que faço se meu canto agora é triste e ecoa ao vento sem respostas,
sem sua nau?
No meu mar só me resta o vento...
Vem, meu Capitão, navegar no meu mar, agitar minhas águas...
capturar-me, subjugar-me ao teu prazer.
Vem para os meus seios onde eu possa te afagar.
Retorne as minhas mãos para que eu desenhe tua face
e não esqueça de ti um único momento.
Não navegues por mares distantes, em outros horizontes.
Vem, meu Capitão, sossegar minha alma,
e receba dos meus lábios o verbo que me queima.
E em meu corpo, meu navegante, faça teu porto.

“O amor que me têm, disse ela, não tem paixão que consuma; ciúme que desvaire; esquecimento que deslustre. Amar-me é como uma noite de verão, quando os mendigos dormem ao relento, e parecem pedras à beira dos caminhos. Dos meus lábios mudos não vem cantos como os das sereias, nem melodia como o das árvores e das fontes; mas o meu silêncio acolhe como uma música indecisa, o meu sossego afaga como o torpor de uma brisa.
Vem ao meu carinho, que não sofre mudança; ao meu amor, que não tem cessação! Bebe da minha taça, que não se esgota, o néctar supremo que não enjoa nem amarga, que não desgosta nem inebria. (...).
Nos meus braços esqueceras o próprio caminho doloroso que te trouxe a eles. Contra o meu seio não sentirás mais o próprio amor que fez com que o buscasse!"(...).
Fragmentos de um poema do enigmático Fernando Pessoa,em sua obra (Livro do Desassossego). Ora apaixonado entregando-se aos delírios da fantasia amorosa, do sagrado, do imaginário; ora cultivando a solidão, o pessimismo, a razão, Pessoa nos conduz a uma viagem, não ao imaginário comum, mas, ao nosso inconsciente profundo povoado por nossos desejos, nossas buscas, nossas desventuras, nossos enigmas. Poucos conseguem extrair tanto de nós.

Neste mar sem ondas,
sem marolas,
sem fina areia,
sem chão de estrelas,
encontro apenas o vai e vem das letras,
a construção dos versos
a conjugação do verbo,
palavras que navegam nesse mar virtual.
e neste mar mergulho dia após dia,
horas e horas,
navegando entre rimas,
poesias, fantasias,
palavras de um poeta,
que as faço minhas.
E, assim, repouso minha angústia,
minha saudade...
em versos que escrevo,
no amor que revelo
nas ondas sem mar.
segunda-feira, 8 de março de 2010
O Oscar Veste Saias

Ontem, grande noite do cinema americano, noite do oscar, pela primeira vez uma mulher ganhou o prêmio mais cobiçado da acadêmia, o oscar de melhor direção. Kathryn Bigelow, a grande vencendora, levou não menos que seis estatuetas com o filme GUERRA AO TERROR, vencendo o favoritismo de AVATAR. Grande noite para o Oscar e para nós mulheres. No dia internacional da mulher,o OSCAR veste saias.
Soneto de Corpo Inteiro

Uma homenagem ao dia internacional da mulher.
Soneto de Corpo Inteiro
Por Guilherme Ramos
Nos seus OLHOS, mergulhar
Na sua BOCA, me perder
No seu CORPO, me encontrar
No seu SEXO, renascer
Nos seus OMBROS, me apoiar
Nas suas MÃOS, me benzer
Nos seus PELOS, me roçar
Nos seus PÉS, adormecer
Nos seus SEIOS, excitar
Nas suas PERNAS, relaxar
Nas suas CURVAS, anoitecer
Nos seus BRAÇOS, amanhecer
No seu CORPO, eu tenho tudo
Na sua ALMA, eu ganho o mundo
Visitem: http://prosopoetica.blogspot.com/
sexta-feira, 5 de março de 2010
MeNina

enfim, começar...
leme na mão, Dona Gata.
seguir nesse mar,
sem amarras, sem perdas, sem danos,
doce ilusão virtual.
ficção...
realidade...
é doce e quente o prazer da imaginação,
aqui decido minha rota, defino meu prumo,
faço, desfaço e refaço,
sou inteira, ou em pedaços,
sigo as fase da lua do meu calendário particular.
aqui ardo, queimo ou me apago,
fico em cinzas e viro fénix.
aqui o tempo é o meu tempo, relativo a mim, ao que sou.
aqui existo, na ilusão de ser ou não ser...
Assinar:
Postagens (Atom)